O candidato Jair Bolsonaro (PSL) fez ontem (14/08) uma visita de cortesia à Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), retribuindo convite da Coalizão pela Construção para o encontro O Futuro do Brasil na Visão dos Presidenciáveis 2018, realizado no último dia 6 de agosto, em Brasília. Primeiro debate público com os principais candidatos à Presidência da República após a confirmação das suas candidaturas no último dia 05/08, o evento contou com a participação de cinco dos principais postulantes ao cargo. Bolsonaro foi recebido em café da manhã, que contou com as presenças de dirigentes da Cbic e de entidades integrantes da Coalizão, entre eles os presidentes da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), Natel Henrique Moraes; da Associação Brasileira da Indústria Materiais de Construção (Abramat), Rodrigo Navarro e da Federação Nacional dos Pequenos Construtores (Fenapc), Ezequiel Sousa. Também estiveram presentes Artur Solon, da Confederação Nacional da Indústria (CNI); os deputados federais Onyx Dornelles Lorenzoni (DEM/RS) e Edmar Arruda (PSD/PR); o presidente nacional do PSL, Gustavo Bebianno; o vice-presidente nacional do PSL, Julian Lemos; Pericles Nascimento e Elias Rodrigues de Oliveira, assessores do PSL. “Estou aberto para ouvir”, afirmou o candidato. “Dou minha palavra. Peço lealdade e confiança para buscar o melhor para o País”, completou.

Um dos porta-vozes da Coalizão pela Construção e presidente da Cbic, José Carlos Martins, destacou a importância do investimento como motor da economia de um País. Ele ponderou, entretanto, que diante da atual incapacidade de realização de investimento por parte do setor público, o setor privado terá de assumir esse papel. Para isso, no entanto, são fundamentais planejamento, segurança jurídica e crédito para as empresas. Citou a proposta de um Programa de Apoio às Concessões Municipais, nos moldes do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), que geraria empregos e renda de imediato. “Tem muitas oportunidades nos municípios, como construção de estacionamentos, parques, iluminação pública, creches, rodoviárias, rede de água e esgoto, obras que poderiam ser agilizadas com o apoio dos funcionários da Caixa que já têm expertise e gera um crescimento local”, disse Martins. Sobre o que o País precisa fazer de infraestrutura, “se o setor público criasse as condições para o capital privado vir, criaria 1,7 milhão de empregos”.

Bolsonaro ouviu atentamente as demandas da cadeia produtiva do setor. Segundo ele, no que depender de “caneta presidencial” para resolver os problemas do País, se eleito, o fará. O candidato do PSL reforçou a importância do respeito às leis e aos contratos e sinalizou disposição para enfrentar temas como o licenciamento ambiental.

A Coalizão pela Construção, formada por 26 entidades da indústria da construção, atua conjuntamente na defesa institucional da agenda estratégica da construção, estabelecendo diálogo com diversos atores em torno de temas de interesse comum para resgatar o desempenho das suas empresas.

Fonte: Cbic