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Cerâmicas com brilho metálico

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Cerâmicas com brilho metálico

Compostos foram desenvolvidos para aplicação em qualquer processo de produção de peças de cerâmica vermelha convencional

Por Manu Souza | Fotos: Jeferson Lemke

Para manter a competitividade, é preciso ficar de olho em tudo o que diz respeito à inovação na construção civil. Novas técnicas e tecnologias surgem a todo instante e garantir qualidade, facilidade na aplicação e beleza faz a diferença no mercado atual.

Buscando atender uma demanda crescente no setor de cerâmica vermelha, o consultor técnico, Jeferson Lemke, vem desenvolvendo compostos para aplicação em qualquer processo de produção de peças em cerâmica vermelha convencional. Podendo ser queimado uma ou duas vezes, os esmaltes são aplicados com uso de sistema de pulverização aerógrafa, diretamente sobre a peça, sem necessidade de aplicação de engobe ou outro tipo de esmalte como base.

“No processo convencional, a superfície cerâmica não possui uma película vítrea, sendo assim, para reduzir sua porosidade superficial, a peça cerâmica necessita ser queimada em uma temperatura mais alta do que a convencional, alterando sua cor e até mesmo sua estrutura. Com a utilização dos compostos vítreos, a peça cerâmica recebe uma proteção extra na superfície, que é desenvolvida e adequada, respeitando o processo de produção já existente, principalmente a etapa de tratamento térmico (queima)”, explica Lemke.

Atuante no mercado de desenvolvimento de peças especiais para cerâmica vermelha, desde o ano de 1999, Lemke se dedica a atualização da técnica junto aos consultores europeus vindos da Espanha, Alemanha e Itália, regiões que detêm muita tecnologia aplicada a este segmento. O consultor explica que no Brasil existe uma grande necessidade de desenvolvimento de produtos para este fim, junto à cerâmica vermelha convencional, uma vez que diferentemente do processo de produtos esmaltados, a cerâmica vermelha tem inúmeras particularidades em cada processo, o que a diferencia totalmente e até mesmo inviabiliza a utilização de alguns insumos existentes no mercado, sem a devida adequação. “No caso especifico dos produtos metalizados, muito se observa a existência destas peças em cerâmica de alta temperatura ou importadas, porém, a visão para esta iniciativa foi desenvolver algo para o nicho de produtos em cerâmica vermelha tradicional, processo que se iniciou em laboratório próprio em 2014. Este tipo de composto pode ser aplicado em qualquer tipo de cerâmica vermelha de superfície aparente, como placas de revestimento, telhas, cobogós, tijolos para construção aparente, tijolo à vista, confeccionado via extrusão ou prensagem, tijolos de vedação com faces aparentes, entre outros”.

A iniciativa está em fase final do processo de testes, que ocorre em uma empresa do artesanato local de Mato Grosso do Sul, que confecciona suas peças a partir da argila de descarte da produção de tijolos de vedação da região. “Ainda na segunda quinzena de setembro, o processo será implantado em uma cerâmica que produz peças de revestimento rústico em argila vermelha, o que irá agregar ao portfólio de peças especiais da empresa mais este diferencial”.


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