Intervalo #31: Os desafios da Norma de Desempenho para a indústria cerâmica

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Entender as mudanças e exigências da construção civil e conhecer a fundo a norma técnica são elementos para o setor se manter competitivo

O nde quero chegar? Quero vender para quem? Almejo ter um produto de primeira ou de segunda? Estas são algumas perguntas que o empresário do setor cerâmico deve se fazer para conduzir o seu negócio ao nível de excelência que o advento da norma técnica ABNT NBR 15575:2013 – Desempenho de Edificações Habitacionais – usualmente chamada de Norma de Desempenho – trouxe para o mercado da construção civil. Passado dois anos de sua vigência (oficialmente em vigor desde julho 2013) o setor da construção apresenta progressos no cumprimento deste preceito. No entanto, é senso comum entre os especialistas que há muito no que avançar para se atender plenamente a norma.

O primeiro desafio da NBR 15575 está sendo a mudança de cultura do menor preço, que deixa de ser o fator mais importante, ou melhor, o único aspecto relevante a ser considerado e perseguido pelos diferentes atores da cadeia construtiva. O mérito desta norma foi trazer critérios de desempenho, com padrões mínimos de qualidade para os sistemas construtivos, de pisos, de vedações verticais (internas e externas), de coberturas e dos sistemas hidrossanitários. Outro ponto importante foi traduzir as necessidades humanas em requisitos técnicos como estabilidade estrutural, segurança contra incêndio, desempenho térmico, acústico, lumínico e conforto tátil, dentre outros. Além da questão da vida útil e da qualidade no longo prazo.

Para o engenheiro Sergio Fernando Domingues, diretor técnico da Construtora Tarjab, dentre os principais avanços, ele destaca a conscientização de todo o setor de que a Norma de Desempenho é um divisor de águas em termos de qualidade dos produtos da construção civil (desde os materiais empregados, até o projeto arquitetônico e o empreendimento em seu estado final). “Outro destaque é a definição técnica que a Norma traz de forma clara e objetiva da responsabilidade de cada agente que influencia na vida útil do empreendimento: desde o fornecedor de materiais, os projetistas, o construtor e, principalmente, o usuário, que estará utilizando o edifício e seus diversos subsistemas, e deverá fazê-lo de forma correta e prestando as manutenções necessárias”, completa.

Domingues reconhece ainda as modificações na relação entre os agentes da cadeia: “Claramente a norma trouxe mudanças de postura. Cada agente está com suas responsabilidades muito bem definidas e isso está começando a se refletir na postura de cada um. Os projetistas estão buscando adequar seus projetos e incluir as informações de quais normas estão atendendo e como as atendem; os fornecedores estão ensaiando seus produtos, disponibilizando os laudos de ensaio para seus clientes, provando que atendem às exigências normativas; e o cliente está mais exigente, cobrando maior qualidade e desempenho”, afirma.

Para o engenheiro civil e mestre em Engenharia Marcus Daniel Friederich dos Santos, diretor da MMC Projetos e Consultoria e professor nas universidades de Santa Cruz do Sul e do Vale do Rio dos Sinos (Unisc e Unisinos, respectivamente), teoricamente houve uma mudança na relação dos atores da construção, porém ainda é pouco verificada esta alteração de atitude. “Mas com certeza muitos consumidores sabem mais a responsabilidade das construtoras que as próprias, isto é, mesmo que durante a construção não sejam seguidas as referências de desempenho, os mesmos serão cobrados pelos moradores num futuro muito próximo, isto é, quando estiverem habitando o imóvel”, opina.


A norma estabelece as responsabilidades dos fornecedores

A Norma de Desempenho é considerada um caminho sem volta, e diante disso a indústria de cerâmica vermelha deve tomar as medidas necessárias para atender a norma e trabalhar a união dentro do setor e em prol da evolução da construção habitacional ou, do contrário, os produtos cerâmicos serão substituídos por materiais que se apresentam como mais competitivos. Para isso, o ceramista deve buscar aprofundar o entendimento das regras e, por outro lado, as entidades representativas precisam intensificar o trabalho de divulgação e esclarecimento da norma.

“Acho que depois da euforia do lançamento da Norma de Desempenho a adrenalina não pode baixar, pois já está na ordem do dia outra tarefa, não menos importante, que é a sua divulgação e, mais que isso, torná-la útil e ativa para os vários intervenientes da cadeia deste mega setor que é a construção civil. Penso que muito se terá que fazer para que a Norma saia das prateleiras e faça parte da secretaria dos técnicos do setor, e seja criticada e usada à exaustão para que surjam dúvidas e propostas de alteração e melhorias, mas que, sobretudo, seja uma ferramenta presente e útil para quem tem que interferir com a construção em geral”, recomenda o engenheiro cerâmico e do vidro, mestre em engenharia de materiais, Vitor Costa, da VConsulting – Engenharia de Materiais.

Costa expõe ainda uma preocupação a cerca do setor cerâmico: “Posso afirmar que poucos a leram ou folhearam para tirar alguma dúvida. Nas empresas de maior porte, onde há departamentos que se dedicam especificamente à Qualidade e à implementação de sistemas de Qualidade, tem havido pelo menos algumas discussões ou tomadas em consideração a alguns assuntos relacionados à Norma, mas na maioria esmagadora das empresas do setor, poucos a conhecem ou a têm consultado. Acho que as entidades que podem exercer um ‘lobby’ nos setores terão que puxar a si a responsabilidade de divulgá-la e banalizá-la para que o processo de cadeia se estabeleça”.

Como explica o Guia Orientativo para Atendimento à Norma ABNT NBR 15575:2013, uma publicação da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a cargo dos fornecedores de insumo, material, componente e/ou sistema ficou a caracterização do desempenho do componente, elemento ou sistema fornecido, o que pressupõe fornecer também o prazo de vida útil previsto para o produto, os cuidados na operação e na manutenção etc. A norma estabelece também responsabilidades específicas (ver quadro 1) para os demais agentes.


O caminho para atender as expectativas do mercado

É importante cuidar para que os fornecedores priorizem o papel determinado pelo preceito em relação à caracterização do desempenho. “Acredito que se não for resolvido com a conscientização dos fornecedores, esta será cobrada judicialmente quando não for obtido o desempenho da habitação que foi contratado. Isto é valido tanto para a indústria cerâmica como os demais componentes da construção. Os parâmetros acústicos, térmicos, estanqueidade etc. estão claros na norma e de fácil medição e comprovação de seu desempenho, por isto será muito mais a conscientização por parte dos empresários e fornecedores do que a punição por parte da justiça”, alerta Santos.

Apesar das incumbências distintas, a norma de desempenho une a cadeia de profissionais em torno de regras que garantem maior segurança para os consumidores assim como para os projetistas e responsáveis pelas obras. Com isso, o diálogo se faz cada vez mais necessário. “Há alguns intervenientes da cadeia que discutem assuntos, projetam e alteram características em função dos valores e da metodologia apresentada na Norma. Acho isso o embrião que faz viva a ideia que a mudança deve ser por ai”, destaca Costa.

O que as construtoras esperam do seu fornecedor então? A resposta a esta pergunta é simples: “Esperam a comprovação do desempenho de seus produtos para poder assumir, junto aos futuros moradores das construções executadas, que tenham conforto, segurança e durabilidade prevista na norma”, explica Santos.

O diretor técnico da Construtora Tarjab destaca a importância dos laudos comprobatórios de acordo com o comportamento do mercado: “Hoje, quando o construtor vai comprar um produto ele primeiro pergunta se as normas x, y, z estão sendo atendidas pelo fornecedor. Se ele não sabe responder, o comprador busca o produto de outro fabricante. E hoje, os fornecedores mais antenados estão antecipando essa demanda e já estão colocando nas fichas e catálogos de seus produtos que os materiais e componentes atendem, sim, às normas x, y e z, e também atendem às exigências w, k e j de outras normas ou outras referências, mostrando ainda mais a qualidade de seus produtos. Logicamente, colocar uma informação vazia nos folders e catálogos não agrega nada, o importante é ter realmente os laudos de ensaios de laboratório de todos os produtos para realmente provar o cumprimento às normas”.

“No caso específico das cerâmicas, ter os comprovantes de que os produtos atendem às normas específicas dos produtos é o mínimo, é o mesmo que dizer que atende às normas x, y e z. Mas o que pode agregar valor é desenvolver os produtos e mostrar para o cliente (através de laudos de ensaio) que o sistema de vedação (estrutural ou não) em blocos cerâmicos atende aos critérios w, k e j. Isso é possível caracterizando-se paredes típicas, com revestimentos típicos e montando uma tabela. É um trabalho árduo e complexo, que envolve vários ensaios, mas que entendo agregar muito valor, porque vai facilitar a escolha dos sistemas construtivos em projeto e vai facilitar a seleção de produtos na hora da compra para a obra”, recomenda Domingues.


As dificuldades dos fornecedores de materiais e o cenário da indústria de cerâmica vermelha

Os fornecedores de materiais esbarram em alguns obstáculos apontados pelos especialistas e representantes do setor, como a falta de conhecimento sobre a própria Norma de Desempenho, até mesmo das normas prescritivas do produto; a capacitação dos técnicos do setor quanto ao desempenho dos produtos e o adequado uso dos materiais para atingir as características previstas; o despreparo de laboratórios, tanto no conhecimento da NBR 15575 quanto na falta de equipamentos para os ensaios exigidos pela norma; e a falta de recursos financeiros para viabilizar os testes.

“Para atender plenamente a norma, precisa muita evolução da cadeia da construção civil, iniciando pelas universidades que pouco abordam este assunto na formação de arquitetos e engenheiros; os fabricantes de materiais que necessitam realizar estudos de seus produtos; e as construtoras precisam exigir no mercado materiais e sistemas construtivos que foram testados e comprovados seu desempenho. Precisamos trabalhar em muitas áreas”, opina Santos.

Como avalia o engenheiro cerâmico Costa, “o setor de cerâmica de produtos estruturais é muito grande e muito diverso ao longo do enorme país que é o Brasil. Além disso, tem sido um segmento cujo desenvolvimento tecnológico não segue muitas vezes as exigências técnicas. Assim como a competitividade que o mercado exige, colocando os empresários muitas vezes em dificuldades, que a esta altura é uma realidade que atrasou este salto qualitativo em termos tecnológicos”. Costa destaca ainda que “o apoio central existente em certos países para o desenvolvimento tecnológico, inovação e modernização nunca foi bem percebido pelo setor e a maioria esmagadora das fábricas está muito manual e com produtividades muito baixas. O know-How cerâmico é em geral baseado na experiência de gerações anteriores, o que torna mais importante a resolução dos problemas do dia a dia do que a preocupação de manutenção de qualidade ou de obtenção de parâmetros específicos como a resistência mecânica ou mesmo aspectos dimensionais e/ou empenos (caso das telhas e pavimento extrudado)”.


Um balanço das realizações dos fornecedores de material

Já se é possível apresentar um balanço das realizações da indústria da construção civil ao longo desses dois anos de vigência da Norma de Desempenho. “Vários fornecedores sempre tiveram uma cultura de atendimento às normas e agora somente estão adequando seus trabalhos para evidenciar e disponibilizar essas informações aos seus clientes. É o caso dos revestimentos cerâmicos, por exemplo. Outros fornecedores, como de esquadrias de madeira e de alumínio, estão se organizando para ensaiar seus produtos e registrá-los em seu PSQ (Programa Setorial de Qualidade), caracterizando seus produtos e identificando os pontos de melhoria de desempenho que precisam desenvolver”, afirma Domingues.

A indústria de cerâmica vermelha também tem dado seus passos no sentido de cumprir ao preceito. Um exemplo são as negociações entre a Anicer e o Sebrae para o projeto “Competitividade frente à Norma de Desempenho às MPEs de Cerâmica Vermelha”. Os objetivos desta iniciativa são: “Conhecer o desempenho dos materiais cerâmicos destinados à construção civil através da caracterização com relação à Norma de Desempenho; desenvolver novos produtos; promover o fortalecimento do setor, além de aumentar a competitividade de micro e pequenas empresas através de um mercado melhor qualificado, responsável e produtivo; induzir melhorias de subsistemas e apresentar benefícios à indústria da construção em geral, proporcionando ao segmento, de forma clara e objetiva, mais referências técnicas, opção de desempenho e conforto adequada às necessidades de projetistas, construtores, incorporadores, usuários e à sociedade”, como explica o engenheiro cerâmico e gerente técnico da Anicer, Bruno Frasson.

Outro case do setor é o projeto de caracterização de alvenarias de blocos cerâmicos, desenvolvido pelo Arranjo Produtivo Local (APL) de São Paulo, que tem feito estudos no sentido de apresentar ao mercado a plena condição de atendimento aos padrões estabelecidos na norma. Para o contínuo fortalecimento da indústria de cerâmica vermelha e ganho de mercado falta ainda intensificar a mobilização dos fabricantes de telhas cerâmicas.

Além do trabalho da indústria Pauluzzi Blocos Cerâmicos/RS, apresentado em junho deste ano no seminário “Desempenho de sistemas de vedações verticais em alvenaria de blocos cerâmicos” promovido pela empresa, onde lançou o seu manual técnico que apresenta os requisitos da norma e o desempenho de todas as linhas de produtos da indústria de acordo a Norma. “Os participantes saíram muito contentes em terem participado deste importante evento, pois foi o primeiro de uma empresa fornecedora de componentes para sistemas de alvenaria no Brasil a comprovar o desempenho através de ensaios completos para atender às exigências da NBR 15575-4. O retorno pós-evento tem sido muito positivo, muitas pessoas elogiando o trabalho, a seriedade e a transparência”, destaca o diretor da empresa, Juan Carlos Germano, em entrevista à Revista da Anicer de junho/2015 (edição 94).


Perspectivas e próximos passos para fortalecer o setor cerâmico

Identificar as oportunidades é também um caminho para se manter alinhado com as expectativas do mercado. “Acho que a Norma de Desempenho como está escrita e apresentada dá até lugar à existência de oportunidades de negócio, pois muitas vezes as sugestões, se bem interpretadas, podem motivar processos e produtos que levam a novos negócios”, pontua Costa. O engenheiro também analisa a questão do fomento de novos produtos: “O redesenho do tijolo e/ou desenvolvimento de outras geometrias pode ser uma solução, mas acho que esse deverá ser um trabalho central (elaborado por uma entidade setorial) para que não se some uma série de produtos novos à já longa lista de produtos (particularmente tijolos e mesmo telhas), que estão no mercado”.

É ainda possível para a indústria de cerâmica vermelha atender a NBR 15575 com a gama de produtos atualmente fabricada? “As características físicas específicas para os produtos referenciados na Norma de Desempenho podem, em grande parte, ser obtidas com formatos e geometrias atualmente em uso, com adaptações ligeiras nos processos de manufatura. Apenas aspectos relacionados ao isolamento acústico estão ainda em desenvolvimento na maioria dos fabricantes. Não tendo sido obtido um produto de reconhecido nível de acordo com a Norma de Desempenho, mas trabalhos existem e estão em curso para que isso venha a acontecer em breve”, afirma Costa.

Para o especialista, há outros trabalhos interessantes que podem ser feitos em termos de P & D (Pesquisa e Desenvolvimento), como por exemplo, estudos de misturas de argilas mais adaptadas às características desejadas e ou adição de outros componentes que modelem o comportamento do produto depois de concluído. “As Universidades, Centros Tecnológicos e Laboratórios independentes tem um imenso campo de investigação que faculta o que já referi, como um grande campo de novas oportunidades e negócios advindos desta cartilha que é a Norma de Desempenho”, afirma.


O mercado internacional em relação à Norma de Desempenho

No mercado Europeu a Normalização neste setor começou já há alguns anos. Segundo Vitor Costa, a preocupação de organizar o setor começou também por uma Norma semelhante à de Desempenho, que foi sendo progressivamente alterada e modelada em função das necessidades e a realidade prática do mercado e das empresas. Na Europa, destaca-se o apoio financeiro para diversas frentes. “Seja sob ponto de vista da formação profissional, técnica e tutorial, de controle na própria empresa e nos Centro Tecnológicos que desenvolveram vários trabalhos, e seja no redesenho dos produtos, otimização de misturas argilosas e sua caracterização, com vista à obtenção de produtos com características desejadas e ainda apoio no controle do processo produtivo (desenvolvimento de software próprios e adaptados)”, expõe.

“Um aspecto muito focado nas fábricas de cerâmica do setor foi o controle e a gestão da produção, onde se conseguem identificar problemas sistemáticos e identificar causas de problemas por vezes difíceis de resolver por estarem disseminados no processo ou nas operações produtivas. Neste capítulo, a utilização de programas feitos à medida de cada empresa foi uma ferramenta muito útil para dar maior estabilidade produtiva e constância de propriedades e características aos produtos fabricados”, afirma Costa, que trabalhou no Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro – CTCV, em Portugal.

“Porém, acho que o processo que se iniciou com a implementação da Norma de Desempenho e a criação de uma “Task Force” (força tarefa) para fazer o desenvolvimento desta norma estar no caminho certo. Na realidade europeia, foi mais fácil a implementação de medidas de uniformidade, por se tratar de um universo menor e de já haver boas bases funcionais num ou noutro país”, finaliza.

Incumbências da Norma de Desempenho

Incorporador |
É de incumbência do incorporador, de seus prepostos e/ou dos projetistas envolvidos a identificação dos riscos previsíveis na época do projeto, devendo o incorporador providenciar os estudos técnicos requeridos e prover aos diferentes projetistas as informações necessárias. Além de, em consonância com os projetistas/coordenação de projetos, definir os níveis de desempenho (Mínimo, Intermediário ou Superior) para os diferentes elementos da construção e/ou para a obra como um todo;

Construtor |
Ao construtor, ou, eventualmente, ao incorporador, cabe elaborar os Manuais de Uso, Operação e Manutenção, bem como a proposta de modelo de gestão da manutenção, que devem ser entregues ao usuário da unidade privada e ao condomínio, se for o caso quando da disponibilização da edificação para uso;


Fornecedor de insumo, Material, Componente e/ou Sistema
|
Caracterizar do desempenho do componente, elemento ou sistema fornecido, de acordo com a norma NBR 15575, o que pressupõe fornecer também o prazo de vida 40 útil previsto para o produto, os cuidados na operação e na manutenção etc. Podem também ser fornecidos resultados comprobatórios do desempenho do produto com base em normas internacionais ou estrangeiras compatíveis com a NBR 15575;

Projetista |
O projetista ficou responsável por estabelecer e indicar nos respectivos memoriais e desenhos a Vida Útil de Projeto (VUP) de cada sistema que compõe a obra, especificando materiais, produtos e processos que isoladamente, ou em conjunto, venham atender ao desempenho requerido. Para que a VUP possa ser atingida, o projetista deve recorrer às boas práticas de projeto, às disposições de normas técnicas prescritivas, ao desempenho demonstrado pelos fabricantes dos produtos contemplados no projeto e a outros recursos do estado da arte mais atual;

Usuário |
Ao usuário (proprietário ou não) da edificação também foi dada responsabilidades, como utilizar corretamente a edificação, não realizando sem prévia autorização da construtora e/ou do poder público alterações na sua destinação, nas cargas ou nas solicitações previstas nos projetos originais. Cabe ainda realizar as manutenções preventivas e corretivas de acordo com o estabelecido no Manual de Uso, Operação e Manutenção do imóvel, efetuando a gestão e registro documentado das manutenções.