Intervalo #26: Norma de Desempenho confere ao fornecedor da construção civil a responsabilidade da caracterização

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Mercado demanda mobilização do setor de Cerâmica Vermelha para ensaiar o comportamento em uso dos produtos

 A sociedade exige melhorias que vão além de produtos em conformidade com as normas prescritivas. Na hora de adquirir seu imóvel, o consumidor procura por conforto, estabilidade, vida útil adequada da edificação, segurança estrutural e contra incêndios. Para atender a estas exigências, foi estabelecida a Norma da ABNT NBR 15575/2013, mais conhecida como Norma de Desempenho, que reúne um conjunto de requisitos e critérios para uma edificação habitacional e seus sistemas. Diante desse cenário, o grande desafio para a indústria de cerâmica vermelha é conhecer o desempenho dos produtos cerâmicos dentro do sistema construtivo para acompanhar a evolução do mercado de construção civil.

A Norma de Desempenho coloca como incumbência dos fornecedores (fabricantes e revendedores) a caracterização do desempenho do componente, elemento ou sistema fornecido de acordo com os seus requisitos. Portanto, as alvenarias devem ser submetidas a diversos ensaios que abrangem aspectos técnicos referentes à acústica, ao conforto térmico, resistência à impactos de corpo mole e corpo duro e incêndio, estanqueidade à água, durabilidade, entre outros. Esta orientação demanda uma mobilização do setor para viabilizar a realização de estudos que permitam comprovar a eficiência dos produtos cerâmicos e, quando necessário, fazer as devidas correções.

“Com a implantação da NBR 15575, as responsabilidades de cada um dos agentes relacionados à execução do empreendimento ficam bem esclarecidas. Temos verificado muita agitação entre fornecedores, projetistas e construtores no sentido de ensinar e conscientizar os profissionais envolvidos para colocar em prática o que prega a norma. Para o setor de cerâmica, entendemos que o impacto é similar ao que sofre os demais segmentos de insumos, ou seja, adequar à característica técnica do produto para que atenda ao menos os parâmetros mínimos de desempenho exigidos pela norma. Imaginamos que a procura pelo atendimento aos quesitos do Programa Setorial de Qualidade (PSQ) deve aumentar, o que será muito positivo para o setor”, afirma o presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade, da Câmara Brasileira daIndústria da Construção (Comat/CBIC),Dionyzio Klavdianos.

Iniciativas promovidas por algumas instituições já estão sendo realizadas com o propósito de atender e adequar-se à Norma de Desempenho. “Nesse último ano, importantes trabalhos foram desenvolvidos pelo Arranjo Produtivo Local (APL) em São Paulo, como o estudo para a caracterização do desempenho de alvenarias de blocos cerâmicos, a caracterização do sistema de suprimento mineral da região de Tambaú e de Tatuí e o estudo para aproveitamento de cacos cerâmicos, todos eles tendo como agente técnico o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas”, informa assessor técnico da Sindicercon/SP e arquiteto, Antônio Carlos Gomes Pereira. O APL paulista, iniciado em 2003, foi desenvolvido em três etapas subsequentes. A atual etapa, realizada em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, Fiesp e Sebrae, contou com aporte de recursos não só dos parceiros citados, como do Banco Interamericano de Desenvolvimento e do fundamental apoio do Sindicato da Indústria da Cerâmica para Construção do Estado de São Paulo – Sindicercon/SP e de entidades locais: a Associação das Cerâmicas Vermelhas de Itu e Região – Acervir; a Associação das Cerâmicas de Tatuí e Região – Acertar; e a Associação Industrial e Comercial de Tambaú – AICT. Os valores investidos nesta atual fase do APL abrangem a ordem de R$ 1.500.000,00, considerando custos diretos e indiretos.

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